"O Que Fazemos A Partir Daqui?",
Salão Azul, Novembro 2023

"What Do We Go From Here?" – Blue Auditorium, November 2023

Expografia, Produção e Coordenação de Montagem
/ Exhibition Design, Production and Montage Coordination
Uri Nonnato


Curadoria e Produção / Curatorship and Production
Mandú
Lívia Di Santi
Abi Poty
Tupana


                   
"O Que Fazemos A Partir Daqui?"
Abi Poty @abipoty
Margem do Rio
@margemdorio
Mandú
@manoeloliveiramelo
Lucas Munduruku
@lucasmunduruku
Tãngwa Matu Puri
@buyawasu
Alice Silva
@alic_ss
Sara Matos
@____saramatos
Lívia Di Santi @brutalismoz
Tainá Verde
@tatainaverde
Tupana
@ttupanaa


Por caminhos diversos e propostas estéticas distintas, participam desta exposição de artistas
que apresentam formas autorais de elaborar uma pergunta que em toda sua complexidade
permanece aberta: O que fazemos a partir daqui?

Pensando retomada como uma movimentação infinita, construída através de um
embaralhamento do tempo e da horizontalidade, algo que atravessa o agora para
se conectar ao que se fez esquecido, ou adormecido pelo trauma colonial.

Construindo pontes para territórios que os pés talvez não conheçam, mas o espírito sim.

Seguindo comandos de pisar na terra olhando para o céu, organizando coletivamente
formas de sustenta-lo, ou de atravessar os desmoronamentos programados deste mundo.

O que fazemos a partir daqui quando existe o rompimento?
O que é a herança de um terra indevidamente vendida?
Como se sonha em uma língua desconhecida?
Como se vive o destino pelo instinto?

“Já não basta ter asas que voam, agora é preciso ter asas com raízes” (Raquel Lima)

Suspender pedras para encontrar o barro que está embaixo, plantar sementes de
lagrimas para olhar gestos que evidenciem a presença de outros tempos no agora,
posicionar ovos que ao entrar em eclosão abram portais para outros mundos, costurar
veias para tecer um coletivo ou semear um novo corpo são algumas formas de cultivo
do que sempre esteve aqui, para além do descobrir, palavra que em sua etimologia
percorre caminhos finos que desaguam em significados distintos: “Aquilo que se
encontra” mas também “O que se retira uma camada para evidenciar o que está por
baixo”.

Movimento semelhante ao gesto de quebrar o asfalto para plantar, citado no livro
“Em nossas artérias nossas raízes” escrito pelos parentes da Aldeia Maracanã.

Rompendo com o pacto do esquecimento este encontro tem como intento nos fazer
lembrar, lembrar sonhos que nos antecedem, lembrar que apesar de não parecer, tudo
é muito recente. A história se faz no gesto e o tremor uníssono faz com que a terra vibre.

Texto curatorial por Abi Poty, Livia di Santi, Mandú e Tupana

RJ/RJ
2O23

@ Galeria "Salão Azul" – Edifício Jorge Machado Moreira – Reitoria UFRJ – EBA/FAU

Expografia, Produção e Coordenação de Montagem / Exhibition Design, Production and Montage Coordination
Uri Nonnato


Curadoria e Produção
/ Curatorship and Production
Mandú
Lívia Di Santi
Abi Poty
Tupana


Direção de Fotografia
/ Exhibition Photographies Direction

Uri Nonnato
Lívia Di Santi


Design

Abi Poty


Sinalização / Sign

Gouvêa Artes


Impressão / Press

PandoraPix – Fine Art